Às vezes
oiço, outras nem tanto
Também falo
só por falar
Ou então fico
calada, logo
Escrevo, de
uma assentada
Sou mal-interpretada
Sou aplaudida,
faço disto sururu
Escrevo,
para martírio…
Meu.
Se o olhar
fosse emergente
Que alegres
os meus dias
Escrevo o que
vejo, negligente
Seria.
Se a palavra
fosse vã
Respirava a
céu aberto
Mas era ovelha
sem lã
Morreria de
frio.
Tudo isto
para dizer
O que o
poeta um dia disse
Chorar mesmo
sorrindo
Fingir ser,
e não ser
Fazer do
poema um rio
Onde possas
lavar as mágoas
Ou seja a
tua almofada
Mesmo que
sejam adagas
Verdade ou
mentira
O poeta é
indigente
Outras vezes
reticente
É rei e
pedinte
Dissimula e empurra
Tudo isto
sou eu…
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