Em tudo o
que digo, intento
Desmembro,
atiro areia para os olhos
Em altos
gemidos
Outras, arrepio
caminho
Foi Deus que
me deu o condão
De escrever
Cabe a ti a interpretação
Ao ler
Coitados dos
burros
Se fossem só
``burros``
Felizes dos
espertos
Se não
fossem incertos
Bem-aventurados
os loucos
Dormem tranquilos
Malfadados os
coitadinhos
Tem falta de
coragem
Como vês
escrevo
Com uma
leviandade muito minha
Com vaidade
e arrogância
Com carinho
e muita dor
De merda,
até de flor
Escrevo de
olhos fechados
O que
desconheces é que falo de ti
Ao escrever
de mim
Que falo do
medo
Que eu não tenho
Falo de
pobres e dos ricos
Aos pobres
levo esperança
Aos pindéricos
dou a facada
Ou não fosse
eu poeta de estrada
Aquela, que corta
este país
Onde homens
e mulheres
Escrevem o
que te desdiz.
E no amanhã,
outro que não tu interpreta
Enquanto tu passaste… tão SÓ…
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