Em qualquer
canto ouço a voz dos dias!...
Traz ao de
cima as fantasias.
Mas qualquer
canto ensurdece o vento.
Mesmo que o
intento possa ser lamento.
Sei de cor
as pedras da rua!...
Assim viesse
a saber as nuvens do céu.
Reconheceria
na noite escura;
pedaços da
alma, amor errante.
Faria do
tempo aliado
e das
ambições caravelas.
Pintaria o
rosto, o corpo,
de barro
vermelho.
Dançaria nas
vielas!
Os sonhos chegam
nas trindades.
Ao raiar do
dia uma cantiga.
É o vento a
chorar nas ramagens.
São os meus
olhos as margens.
E as mãos… Coisa
nenhuma!
Que coisa é
esta, que ambição.
Desejos em safra, um dia, vão!...
Nas asas do vento
em desalento.
Enquanto; emudeço
(…)