Simplicidade,
essa palavra singela que desliza enrolada nos dias,
sobrevoados por
sonhos, onde os receios dormem.
É tudo tão
simples e tão complicado!
A minha e a
tua mente paredes meias no ser, afastadas nas firmezas.
Deslizo segura
na minha insegurança, deslizas tu inseguro na inseguridade…
Tua
companheira de horas mortas, tão torta mas tão segura.
Deslizo sem
medo pelo sentir que assumo. Deslizas com medo de perder.
Tão simples
quanto isso. Simples como só os simples conseguem ver.
Perguntam certezas
ancestrais. – Será simplicidade arrogância?
Respondem inseguros
e marginais os sentidos.
- Sobranceira é a certeza, simples morte dos
sonhos.
Então do que
falo afinal se nem eu entendo, entenderás porventura…
O amanhã que
espera frio e cauteloso, porque agora com naturalidade,
o amor fica
guardado no baú das proezas.
É tudo tão
simples e tão complicado, como se dois e dois não fossem vinte e dois.
Como se
morrer e viver não fosse tudo igual.
A morte de
um sonho pode ser a vida de um novo despontar!
Simplicidade
palavra fácil mas que invertes quando omites o ser.
Simplicidade
na arrogância com que vasculho o teu querer.
E então,
então… estarão de mãos dadas a singeleza e a soberba,
com que nós
dois vivemos de costas voltadas.