quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Cante...

Na tua dolência estival, pedaço de chão maior,
Corres na cauda do vento numa esperança soalheira.
E num azul acordar, um hino em ré menor,
Deslizas numa samarra, numa lua aventureira.

Esculpido na terra virgem Alentejo é o louvor
Dos que transportam no sangue o verde de uma azinheira,
E a paz dos descampados se assemelha a trovador,
Com seu cante nos embala em voz fresca a cantadeira.

Que canta mano a mano com homens de tez morena,
Passos lentos vão pisando as pedras nuas da rua.
Em voz grave todos cantam modinhas ao por do sol,
No peito bordada a oiro brilha a Pátria, seu farol.




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