Não sei, nem sequer sei a cor dos dias frios!
Se o céu é azul ou cinzento afogueado.
Nada sei de efémeras fantasias. Delírios;
são as rimas de um poema recalcado!
Ser poeta é utopia, ventania nos socalcos!
É a lagrima atrevida num rosto enrugado.
O sorriso amarelo; ou o peso, os sopapos
que se abeiram de um corpo já cansado.
Não sei!... Mas, no entanto, também sei!...
Que os versos são remendos coloridos.
Caprichosos, insidiosos e divertidos.
São até um peso fuinha nos sentidos!
São as ondas onde um dia naufraguei...
Uma colcha de cetim onde me deitei.