domingo, 22 de outubro de 2017

Máscara...

Sempre que adivinho a solidão alheia…
É como se o espelho estivesse embaciado.
E o meu rosto sugado por uma teia.
Sempre que a olho sem caso pensado.

Reconheço!... Tal como a abelha a colmeia,
avisto o vulto num penhasco parado.
Vai, ou, não vai… Se até a maré quando cheia;
se desfaz em espuma em qualquer rochedo.

Triste fado que embala no tempo presente.
Como embala a lumiaria a noite escura.
Anda o gentio tão só e sempre ausente!

Triste de mim!...Sem tempo, indiferente.
Quando só resta aos dias esta secura.
E ao rosto sobra a máscara, eternamente!

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo