terça-feira, 4 de novembro de 2014

Simples… Prosa Poética.

Simplicidade, essa palavra singela que desliza enrolada nos dias,
sobrevoados por sonhos, onde os receios dormem.
É tudo tão simples e tão complicado!
A minha e a tua mente paredes meias no ser, afastadas nas firmezas.
Deslizo segura na minha insegurança, deslizas tu inseguro na inseguridade…
Tua companheira de horas mortas, tão torta mas tão segura.
Deslizo sem medo pelo sentir que assumo. Deslizas com medo de perder.
Tão simples quanto isso. Simples como só os simples conseguem ver.
Perguntam certezas ancestrais. – Será simplicidade arrogância?
Respondem inseguros e marginais os sentidos.
 - Sobranceira é a certeza, simples morte dos sonhos.
Então do que falo afinal se nem eu entendo, entenderás porventura…
O amanhã que espera frio e cauteloso, porque agora com naturalidade,
o amor fica guardado no baú das proezas.
É tudo tão simples e tão complicado, como se dois e dois não fossem vinte e dois.
Como se morrer e viver não fosse tudo igual.
A morte de um sonho pode ser a vida de um novo despontar!
Simplicidade palavra fácil mas que invertes quando omites o ser.
Simplicidade na arrogância com que vasculho o teu querer.
E então, então… estarão de mãos dadas a singeleza e a soberba,
com que nós dois vivemos de costas voltadas.



  

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