sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Os sonhos chegam nas trindades…

Em qualquer canto ouço a voz dos dias!...
Traz ao de cima as fantasias.
Mas qualquer canto ensurdece o vento.
Mesmo que o intento possa ser lamento.

Sei de cor as pedras da rua!...
Assim viesse a saber as nuvens do céu.
Reconheceria na noite escura;
pedaços da alma, amor errante.
Faria do tempo aliado
e das ambições caravelas.
Pintaria o rosto, o corpo,
de barro vermelho.
Dançaria nas vielas!
Os sonhos chegam nas trindades.
Ao raiar do dia uma cantiga.
É o vento a chorar nas ramagens.
São os meus olhos as margens.
E as mãos… Coisa nenhuma!

Que coisa é esta, que ambição.
Desejos  em safra, um dia, vão!...
Nas asas do vento em desalento.
Enquanto; emudeço (…)



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