sábado, 19 de março de 2016

Pedras...

Cavaleiros solitários,
emergem do ventre da terra!
Baluartes resgatados à memória,
em branco cinzelado de sangue.

Sal e suor em tons rosa.
Imponência viva,
em sono profundo.
Ouro extorquido à terra,
gretada p`la força da vontade.
Na qual resta a frieza da pedra.

Reminiscência ou apelo,
através do tempo…
Vigiam na quietude o abandono,
no berço que um dia
lhes mostrou a luz do sol.

Esperam um olhar.
Num gesto de afeição.
montes e montes de pedra,
ali estão…

Exército em vigília!
Aguarda p`lo sarar das feridas;
enquanto a paisagem reclama,
a sombra de um sobreiro.


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo