sábado, 14 de maio de 2016

Destino...

Passei há pouco pelo destino,
nem sequer me reconheceu.
Porte altivo, porém de menino,
que no encontro entardeceu.

Paredes meias de olhar vazio,
sobre os ombros a sua cruz.
Perdeu-se a sorte numa esquina,
só porque a altivez a isso conduz!

De que importa se os dias tremem de frio,
ou se a vida é curta e franzina.
De que importa se o peso dos anos,
é a cruz de uma qualquer sina.
Passei há pouco pelo destino e uma lágrima caiu!
Fingiu que não viu e perdeu-se assim,
de mim e de si naquela esquina.


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo