domingo, 9 de outubro de 2011

Juízo


Porque as mulheres esta semana alcançaram o reconhecimento, de uma academia muitas vezes retrógrada na atribuição dos prémios, o fruto do seu trabalho e da sua luta pela igualdade entre pessoas em países muito difíceis onde o preconceito e o racismo imperam, onde o medo e a morte reinam de mãos dadas foi finalmente reconhecido. Parabéns a todas as mulheres de lutas justas pela humanidade. Todas nós, mulheres, assim como todos aqueles onde a voz é ou tenta ser silenciada nos quatro cantos do planeta, fomos todos galardoados esta semana com o prémio Nobel da paz.

Compreendo...
O quanto é difícil empurrar padrões
 Dizem nem todos nasceram para pensar
Compreendo...
Não aceito o desperdiçar
Do respeito
Compreendo!
Tudo o que é velho tende a caducar
Então de que vale persistir no retrógrado?

Será o medo a falar mais alto
Será a falta de tacto
O machismo atrofiado e indigente
Será a ganância
Ou então a falta de visão
De valentão em extinção

Compreendo um pouco de tudo
Muito menos que queiram mudo
O outro...

Pode ser mulher, ou homem
Criança ou indigente
Pode até ser demente
Mas é gente

A igualdade é direito
Não é oferta

Se achas que sou obsoleta no meu raciocínio
Tenho pena de ti estás exposto ao extermínio

Mas dormes tranquilamente à sombra do teu juízo.

 

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo