Desconheço a sua cor, o credo até a dor
Que por ventura carrega no peito
Tanto faz que seja céptico, ou distante sonhador
Se é velho, ou criança, pode ser ambas as coisas
Vincadas no tempo as rugas, na alma a alegria
Desconheço o seu nome, a curvatura das costas
Se tem calos nas mãos, ou dedos de pianista
Procuro nas ruas um rosto, será homem ou mulher
Sei lá… Tem que ser companheiro e acreditar
Sobretudo pensar fazer
do desconhecido um irmão.
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