segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sóbria esperança...

Desenha (se) Ilusão, num acto de amor maior.
Desengano então seria, ou incerta valentia.
De lés a lés a revolta… inunda a noite o clamor…
Parcas horas, sonho altivo… Pelo contrário, agonia!

No traço letra a letra, quimeras em ré menor.
Dormiria ao relento Mas que fraca ventania!
Este meu acto inglório, suspenso por frouxa cor.
Até sacode os sentidos enquanto não surge o dia…

Em que todas as palavras são nuvem aventureira.
Ambição passageira de pobre crente imperfeita.
Até sabendo que a dor, sempre… Erguerá barreira!

Nem assim a ilusão se transforma em bandeira.
É a minha alma vadia, frugal e se completa…
Em sóbria esperança… Pois é a Terra quem gira!


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