sábado, 25 de fevereiro de 2012

Amor gago

Um cinzento levante abeira-se
Insurreição oprimida pelos sentidos
Doem os poemas que não faço, desnutridos
Estão os caracteres seminus nas palavras 
Parcas de rumos ou de motivação, distanciar-se
O poema peado pelo olhar alheado
Ao momento, onde estão os poetas
A mola motora da insatisfação
Onde estão os poetas, negação.

Tombam as almas sem rumo
Grita-se amor de balaústres
Amor gago, amor cego, amor, amor
Gemem as almas precisam de prumo
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Cantam poetas amor e consumo,
Gemem as gentes, tardam olhares
Cantam poetas ressoam vagares
Correm as dores, gritam os mortos, pavor.

Um cinzento levante abeira-se
Clamam os mortos, corram poetas
Abram valetas estiquem esteiras
Gritem poemas, empurrem barreiras

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