Doí-me a
alma.
Na caducidade
do resto das dores!
Metricamente:
atrevo a medir o receio,
que afunda
num vazio deturpado,
pelo improvável.
Dói-me a
alma!
Mesmo que não
tenha visibilidade:
necessária à
dor.
É um poço
sem fundo,
buraco negro
do imprevisível;
na noite
todos os gatos são pardos,
e o medo: o
medo é supremo!
Doí-me a alma,
no silencio cortado a preceito:
pela voz do impossível.
E então: descanso
em castelos sem nuvens!
Onde os
gatos saltam o abismo imaginário,
num brado
rouco e tresloucado.
Enquanto a
alma sangra:
ao mesmo
tempo que sorri.
Da agilidade
que os caracteres contêm.
Assim: acabo
por esquecer a dor!
Redescubro nos
poemas um pouco de amor!
A voz do impossível
há muito se calou,
os gatos são
as estrofes, e a dor amainou!
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