Grito! E por entre os gritos ressai o tremor,
solto dos corpos inertes! Grito: um grito apenas.
Transporta o meu ser pelas profundezas da dor,
retrai a alma no cio roubado. Vintenas!
Vem meu amor por entre os muros, trovador
das noites de luar, acaricia o seio de mil maneiras
Eleva o ser para além da terra mãe, onde o sabor
dos corpos é magistral, e os sentires são algemas.
Soterra em mim a sombra, onde o corpo cambaleia,
solta a paixão e une todos os meus gritos, além…
Onde o mar se une à terra, e a espuma asfixia,
todos os ecos sem som. Sou meretriz, refém,
mulher perdida no teu dorso nu, a ousadia,
está no pensamento: que ao sentir mais convém.
........Quando o mundo dá supremacia e visibilidade ao
supérfluo e sem sentido, a quem escreve poemas pouco mais resta do que tentar
redireccionar olhares.
A foto que acompanha este poema é uma entre milhares
que circulam no Google, sobre o que se está a passar no Mediterrâneo.
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