E se juntar
um punhado de palavras caras,
delas fizer
sopa de letras, terei a alvura das paredes?
E assim me
verás desnuda de mente transparente!
E se juntar
palavras cruas, serei por ventura rainha
da pertinência?
Omites, do
sujo da terra recomeça a vida,
de uma
sepultura renascem as papoilas,
de uma jeira
o alimento do corpo e o prazer da alma,
quando se tomba
o corpo por sobre a terra.
Não implores
sentimentos que desdenho,
nem gestos
de ocasião, não implores…
Sou cigana
em campo aberto, ergo a tenda onde calha,
sou feliz e
quando infeliz: recomeço, e esqueço a tralha.
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