Desalinho…
tudo o que sobra de um beijo,
dado horas
mortas, outros tempos.
Onde os
corpos cansados num solfejo,
acreditaram;
serem eternos os momentos.
Mas tudo
passa afinal! E só agora antevejo…
O estranho palco que é o meu pensamento!
Em que a divina comédia pode ser realejo.
Eu e tu…os
actores… sem perfil ou talento!
Mas não
digas nada…passa em silêncio.
Não acordes
o meu corpo, está vazio!
Em cada ruga
que chegou sem critério.
Em vez
disso, oferece-me um sorriso.
Numa valsa
estrada fora. O caso é sério:
há beijos ao
luar… que nascem do mistério!
Foto de modelos no atelier de Pedro Weingärtner (Porto Alegre, 26 de julho de 1853 — Porto Alegre, 26 de dezembro de 1929) foi um pintor, desenhista e gravurista teuto-brasileiro.
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