Se os teu
olhos são estrelas fugidias,
onde levito
ao raiar da alvorada.
Porque nega
a tua boca os bons dias,
se a vida foge
em correria desvairada!
Perdidas no tempo,
almas vazias…
Só lhes resta
a lembrança iluminada.
P`lo espólio
que se esfuma… em maresias.
Nos despojos
de uma cama revirada.
E se o tempo
meu amor é o oposto,
da ilusão passageira
em calmaria.
Porque fogem
os teus olhos em Agosto?
Porque passas
apressado? Quem diria!
Que a duvida
estampada no meu rosto,
é o que
resta de um segundo de acalmia.
Vênus
(1532), de Lucas Cranach, o Velho, Städel, Frankfurt am Main, censurada pelo
Metro de Londres em 2008.
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