quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Um segundo de acalmia...

Se os teu olhos são estrelas fugidias,
onde levito ao raiar da alvorada.
Porque nega a tua boca os bons dias,
se a vida foge em correria desvairada!

Perdidas no tempo, almas vazias…
Só lhes resta a lembrança iluminada.
P`lo espólio que se esfuma… em maresias.
Nos despojos de uma cama revirada.

E se o tempo meu amor é o oposto,
da ilusão passageira em calmaria.
Porque fogem os teus olhos em Agosto?

Porque passas apressado? Quem diria!
Que a duvida estampada no meu rosto,
é o que resta de um segundo de acalmia.


Vênus (1532), de Lucas Cranach, o Velho, Städel, Frankfurt am Main, censurada pelo Metro de Londres em 2008.

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