quinta-feira, 14 de abril de 2016

Acaso...

Quando a terra fria beijar o meu corpo,
se por acaso me olhares de frente,
não chores. No barro encontrarei o conforto,
que os teus braços me negaram. Aparente:

É a rudeza da alma, jamais me importo,
com o que o tempo me nega. Serei diferente
até no pisar da calçada. Sou como o vento
ao passar pelas ramagens, docemente.

Levo nos olhos o condão de ir além…
Para lá do horizonte. Levo na alma a paz!
Levo até, estranha saudade, refém.

Dos meus e dos teus medos. Sou capaz
de adivinhar as emoções que se esvaem…
Num rio sem peixes, onde o acaso é fugaz.  




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