terça-feira, 8 de março de 2011

Não me castrem

Não me ofereçam flores.
Nem chamem pelo nome
Chamem-me mulher
Que vai pr`á guerra
Mulher que pare
Que mata a fome
Deixando de comer
Ninguém me dê sorrisos
Ofereçam-me liberdade
Tirem-me esta canga
Que parte a alma
Não me olhem
Não sou objecto
Não me matem
Porque amei
Não me castrem
Porque ousei
Olhar mais alto

Que o mundo que me fez mulher.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo