domingo, 6 de janeiro de 2013

Primeiro poema




Se perguntar ao sol porque nasce de manhã
Certamente responderá é a lei da natureza
À cor se indagar qual a forma da romã
Logo replicará com sublime certeza

Tudo nasce tudo morre, segue caminho direito
Caprichosa é a sorte, outras vezes é cruel
Trás o gelo no inverno no verão sol infernal
Mas no fim sempre acolhe de um jeito magistral
Os filhos então desnudos, os aconchega no peito

Este primeiro poema de um ano que finda em treze
Trás nas linhas o queixume e o mel por entre os pontos
Da alma transporta a esperança e a cor das violetas
No regaço das palavras que se tornam fugidias
Transtornadas e cansadas outras vezes tão vadias
Levará o sol em ombros para aquecer o seu dia.

Este primeiro poema tão febril ao alvor
Ao meio dia é nostálgico á tardinha friorento
Por entre vírgulas conduz a crença do momento
Ternura feita vontade que o verso desperte em flor.

Que lhe traga serenidade e um sol madrugador.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo