quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Vila Viçosa



Por onde passo repousam feitiços
Momentos esquecidos na orla da vida
Instantes marcados a tinta-da-china
Aba de capote em corpo roliço

Por onde passa o olhar esgueira
Nas aldrabas de bronze auguro soleira
Por onde passo não sei de ninguém
Daqui ou dali não sei, vejam bem

Contudo os meus passos percorrem ligeiros
Pelas ruelas não se sentem estrangeiros
No paraíso que um dia nasceu
Aos olhos de um rei que assim prometeu

Que sejas mais bela entre todas as belas
Vila Viçosa de palácio e capelas
Que sejas menina namoradeira
Semblante de oiro antes da fronteira

 Por onde passo recantos com história
Terra de Florbela a sua memória
Por onde passo decido voltar
Uma porta aberta convida a entrar.



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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo