Nada sei de ti
por entre as pedras
Por entre as
nuvens nem te imagino
Nada sei dos
raios de sol, ou vento suão
Cantigas de
Maio, mas que confusão
Sei contudo!
Teu olhar menino
Tuas mãos
abertas, certezas incertas
Rogando carinho.
Nada sei da
rua, casas sem telhado
Um rio sem
peixes, quando quero invento
Não será de agora.
O olhar detive
Aquele menino,
que com fome vive
Rogo ao Deus
Menino que lhe dê alento
Eu não
consigo, poemas invento
De cá para
lá, pé na estrada, vou
Dando uma
desculpa pelo que não sou
Aquele menino
na rua em declive
Olhou para
mim, e só mágoa tive.
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