sábado, 28 de março de 2015

Logo mais...

E se o luar fosse sinal de que o amanhã floresce,
se o verde das árvores ficasse mais verde nesse luar.
E as pedras da rua fossem cirandas ao circular.
Mas o luar é só luar, as pedras, só pedras, e as árvores estão nuas.
Nessa nudez sobressai a certeza de que a luz pálida da lua,
atrai todos os Invernos.

Daí, o frio que pressinto ser muito mais que isso.
É um glaciar onde escasseia a vida.
Ou não fosse a noite prenúncio pálido onde coabita o credo,
e eu creio, com a crença propícia à cegueira…
O mundo não é mundo se a paixão sucumbe.


E a noite, ora a noite… logo mais dará lugar ao dia.


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo