São frios os
caminhos ou sou eu que tenho frio.
Também não
sei quem sou, ou para onde vou.
Quando olho
para o céu, imagino, é um rio.
Abano a
cabeça e digo: Mas que louca sou!
Perco tempo
com aquilo que nem imagino.
Umas, não
sei, outras, não vi, até que dia raiou.
Há aquelas;
em que olho para mim e desatino.
É quando
recorro ao céu em que o olhar poisou!
E se os rios
fossem o espelho das almas vadias.
E o céu
fosse o abraço que se perdeu além.
O pior é que
as nuvens são cisternas vazias!
Começo a
pensar que me encontro refém.
Dos meus
pensamentos. Podem ser orgias!
Se até neste
mar de palavras: sou ninguém!
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