Como posso
ter certezas se até, tu…
A maior
entre as restantes, aplicaste,
o beijo de Judas no alicerce nu.
Abdicaste do
amor. Assim derrubaste…
O pedestal…
floresta virgem e cru.
Esculpido
naquilo que renegaste.
Como ter
certeza, se a luz pode ser véu.
Tapa com
mestria o cálice onde bebeste.
Deixa as
certezas ao tempo e à morte…
Que rolem em
terra casta, hilariantes.
Nada é o que
parece, não… como dantes.
No tempo das
amoras e dos amantes.
Surtiu a
laje fria. Dela, alimento a sorte.
Viaja sozinha…
nas asas do vento norte.
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