quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O beijo de Judas...

Como posso ter certezas se até, tu…
A maior entre as restantes, aplicaste,
o  beijo de Judas no alicerce nu.
Abdicaste do amor. Assim derrubaste…

O pedestal… floresta virgem e cru.
Esculpido naquilo que renegaste.
Como ter certeza, se a luz pode ser véu.
Tapa com mestria o cálice onde bebeste.

Deixa as certezas ao tempo e à morte…
Que rolem em terra casta, hilariantes.
Nada é o que parece, não… como dantes.

No tempo das amoras e dos amantes.
Surtiu a laje fria. Dela, alimento a sorte.
Viaja sozinha… nas asas do vento norte.


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