(Mote)
Basta uma
rima afiada.
Para deitar
tudo por terra.
Se em
Liberdade formada.
Ela corta
como serra.
Tem piada a
bagatela!
Disfarce ou
indolência.
Mesmo que
sem consciência…
Acho que é
pura vaidade.
Recorrer à
vulgaridade,
é correr, só
por correr…
Esquece ….
Só tem a perder,
quem usa o
estratagema.
Para
derrubar fraco esquema:
Basta uma
rima, afiada.
Sem ser melhor
que ninguém…
Assim levo o
dia-a-dia.
Faça sol ou
ventania.
Sei que
posso ir… Além!
Sem soberba
ou desdém.
Sou poeta de
trapos rotos.
Na vida até
levo socos.
De quem se
acha, imortal.
O mal é eu
pensar: Está mal!
Para deitar
tudo por terra.
Na ânsia da
aclamação,
há quem se
torne, indolente!
Desconhece…
Para ser gente:
Não basta
ter instrução.
Já para
ganhar o chão,
o suor deve
correr…
E nada pode
suster,
um poeta
desiludido.
Qualquer
rima é cupido:
Se em Liberdade,
formada.
Este verso….
É estratagema.
Para
derrubar aprumados.
Não basta
gritar em brados:
Vamos matar
um poema!
A névoa até
faz pena.
Já que o
verso é um leito!
Mesmo tosco
com defeito:
Esta rima é
soberana.
Quando quer
rachar a trama:
Ela corta
como serra.
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