terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Alento...

Deixa as tuas dores de lado, falou o vento!
Não queiras saber de amores, gritou o sol!
Compõe em seara alheia, numa vertigem alento.
Semeia em terra estéril esperança como lençol.

Deixa as tuas dores de lado. São débil argumento,
às mentes na distância. Não podem ser paiol,
não devem ser… Conduz o pensamento
pela campina em flor… Nascerá um girassol.

Numa rima incompleta leva uma certeza,
a Primavera não nasce em Abril.
Ai poeta de coisa alguma, destino vil.

Olha ao longe o sereno, onde reina estranheza,
correnteza azulada nos olhos de alguém…
Olha… Mesmo o alarde fica sempre aquém.




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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo