terça-feira, 29 de julho de 2014

Sina...

O porquê dos porquês numa questão vadia
Esperança contida na tarde vazia,
A base instalada na vaga justiça
Candeia singela de uma cor mortiça.

O porquê do amor num dia de vento
Da dor instalada no corpo dormente
Ou da certeza que roí, estranho tormento!
Nas horas foscas por um sol demente.

Que queima no branco do casario
Alentejo em pranto gemendo p`lo frio
E aquela sombra no banco da praça,
Traz à memória ténue barcaça.

Onde o sonho contido se atreve a remar
A brincar aos índios, flechas de matar…
Quem dera no virar da esquina
A velhice grata fosse a minha sina.


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo