Se afastasse o vento para detrás
dos ombros,
seriam as encostas da serra a
mesma coisa?
Se olhasse de frente para o sol:
Ficaria cega num ápice.
Então, porque revivo amiúde o que
deixei lá atrás?
Deve ser do vento:
Perde-se volta e meia no
descampado!
Que é a mente irrequieta…
Logo, entras pela janela
entreaberta.
Converso contigo por entre a penumbra,
rimos. Como só nós sabemos.
Brincamos com as palavras!
E deixo… entrar todos os poemas:
Como se fossem peões, dançam
tresloucados,
o vento em alarido vira-me as
costas.
Ficamos só nós dois, admirados!
Enquanto ele se diverte nas
encostas.
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