Abalei faz
tempo, de um tempo circunscrito,
a todos os círculos,
criei muros, destrui outros…
Aponta-me o
tempo uma loucura sem crédito!
Nem só os
dias são o berço de todos os choros.
De todos os
risos, por vezes o meu olhar aflito,
eleva o
sonho ao alto mas logo se perde p`los cantos.
Melopeia infernal!
Ou palco de pensar cinzento…
Mas logo as
clareiras abrangem o espirito.
Transponho sozinha
a estranha jornada,
despida de
boas maneiras, tanto faz.
Abalei faz
tempo, sem me despedir de nada…
Por outro
lado, gritam-me os mortos: fugaz,
são todas as
aragens ao romper da madrugada
Foices sem cabo. Molde de uma fome voraz.
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