sábado, 10 de outubro de 2015

As nossas mãos...

De ti quero o nascer da lua num recanto ajardinado.
Os murmúrios da dor pelas esquinas da vida.
O nascer do sol entrelaçado na esperança.
E os sonhos na alvura de uma pomba. Eldorado,

e abissal é o querer num chão desajustado!
De ti sonho de franco intento: quero sina.
A memória ajustada ao momento, e virar a pagina
nos remoinhos de um outono pardacento.

Quero o restolho nos olhos do desconhecido…
O pousio de um verão espantado pelo impossível.
Quero as mãos, a seiva e a face imprevisível,

do amanhã. Se tudo isto trouxeres bem legível,
num sorriso cara a cara, tocam avém marias ao alto!
E as nossas mãos se ajustam ao impulso desmedido!




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