De ti quero
o nascer da lua num recanto ajardinado.
Os murmúrios
da dor pelas esquinas da vida.
O nascer do
sol entrelaçado na esperança.
E os sonhos
na alvura de uma pomba. Eldorado,
e abissal é
o querer num chão desajustado!
De ti sonho de
franco intento: quero sina.
A memória
ajustada ao momento, e virar a pagina
nos remoinhos
de um outono pardacento.
Quero o
restolho nos olhos do desconhecido…
O pousio de
um verão espantado pelo impossível.
Quero as
mãos, a seiva e a face imprevisível,
do amanhã. Se
tudo isto trouxeres bem legível,
num sorriso
cara a cara, tocam avém marias ao alto!
E as nossas mãos
se ajustam ao impulso desmedido!
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