Trato por tu
todas as palavras sem sentido.
Ensaio com elas
o passar dos dias sem destino.
Chamo-as
pelo nome, quase sempre em alarido.
Amparam-se
assim ao meu corpo franzino!
Sou farsante
e bom actor, sou caso perdido.
Olho para
elas em algazarra e com ar divertido.
E tu… Que queres
tu da palavra se num verso sucinto,
albergo todos
os vendavais enquanto imagino…
Saltam em
telhado de zinco, quente, e tão vazio!
Amparo-me
nos dias para esquecer as noites,
empoleirada,
nas ramagens que adornam o rio.
Onde desaguam
os meus medos. Não cuides
que sou
triste, quando muito tenho frio.
Que te importa
se adormeço nas cores do arco-íris…
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