terça-feira, 13 de outubro de 2015

Quando muito...

Que é da voz na obscuridade do tempo?
Onde paira a rebeldia de um amanhã mais justo?
Agoniza em versos sem tento!
Enquanto o sonho se curva sem fôlego!

Se gritar nas águas de outono
e dançar sete dias a fio
os versos serão a bitola dos rios.

Amanhã todas as montanhas sem cume
olharão o passado e nele estampado:
uma geração com voz.

Mas se me agachar no medo provável:
renegarei o que sou.
No tal cume uma garina imutável,
do que fui nem a sombra restou.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo