Que é da voz
na obscuridade do tempo?
Onde paira
a rebeldia de um amanhã mais justo?
Agoniza em
versos sem tento!
Enquanto o
sonho se curva sem fôlego!
Se gritar
nas águas de outono
e dançar
sete dias a fio
os versos
serão a bitola dos rios.
Amanhã todas
as montanhas sem cume
olharão o
passado e nele estampado:
uma geração
com voz.
Mas se me
agachar no medo provável:
renegarei o
que sou.
No tal cume
uma garina imutável,
do que fui nem a sombra restou.
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