Desnuda-se a
vontade sem toque na mão.
Sem brilho nos
olhos, ou cante na voz.
Descai das
nuvens que circundam o chão,
Rolam nas
calçadas como cascas de noz!
Levadas pelo
vento. Solta-se da voz atroz
uma saudade
imparcial, enquanto a mão
ensaia o
adeus. Adeus, num riacho sem foz!
Que inunda
tão estranho coração.
Por onde
andas? Sonho arredio e passageiro.
Preso ao
beiral num sentir fugidio.
Por onde
andas? Sorte minha, amor inteiro.
Quem sabe
encostado a uma esquina,
onde os
telhados são o único abrigo;
Jamais
saberei… Se pairas na escolha de fria sina.
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