Eu, poeta me
intitulo.
De um país
de chão cavado.
Em Camões
bebi o brado.
Em Pessoa o
pensamento.
Em Bocage a
ironia.
Em Florbela
a ousadia!
Do povo me
amamentei.
E na décima
faço lei!
Já no soneto
divago…
Bebo as
estrofes num trago,
num poema de
expressão livre!
Afirmo que
sempre tive:
_Uma vaidade
singela.
Seja qual
for a tabela,
os meus
versos são janela,
na qual me
abeiro sem medo.
Este é o meu
segredo.
Poeta de
reles sina.
Sou assim
desde menina!
Nascida no
Alentejo.
Talvez: por
isso almejo…
Levar de mão
em mão,
a visão ao
coração.
Na elite ou
rudeza,
está na
minha natureza,
qualquer estilo,
qualquer rima!
De todos fiz
minha sina.
E da sina
ninguém foge.
Nasça rico
ou indigente.
Quem tem a
correr nas veias:
_Searas verdes,
marés cheias,
ou dores de
alma vazia,
até mesmo
uma razia;
num país que
esquece o sonho.
Por vezes é
tão tristonho,
ser poeta e
ir além…
Onde não se
atreve ninguém…
Por isso
mesmo; componho:
_Versos de
qualquer maneira!
Vibro ao arriar
na cegueira;
que o
estigma se atreve a erguer.
Jamais perco
tempo com tolos, escrevo p`ra meu prazer.
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