Entrou pela casa a aurora, era noite cerrada
Amanheceram recordações, pedaços
De mim e de ti, tombados na estrada
O tempo parou, se esqueceram cansaços
Num gesto ansioso se estenderam os braços
Os olho se riram, choraram na cara cansada
O peito afagou outros tantos estilhaços
A aurora dançou e ficou até de madrugada
Não queiram nem tentem apartar a amizade
Quando vem para ficar, é forte, inabalável
Resiste ao Inverno da fria saudade
Resiste ao tempo e ás portas trancadas
Alimenta-se em favos de adocicado mel
Mostra-nos que na vida temos rotas traçadas.
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