terça-feira, 17 de junho de 2014

Cadeira...

É tão deslavado e irrisório
O momento passageiro
Tudo é transitório
Infantil ou traiçoeiro.

Que levamos nós desta vida
Perguntei às pedras da rua
Somente ilusão se é fingida
Se o tempo é de corrida
Resposta nua e crua!

Por isso me sento amiúde
Numa cadeira de costas rotas
Não tem braços, não tem fundo
Mesmo assim pode comigo
Nem sequer o tempo ilude
Esta cadeira singela
Está defronte à janela
Do mundo, contemplação…
Até ponto de interrogação
São os pregos que a sustêm
Nesta era de aflição
Permaneço dias a fio
Nesta cadeira invisível
Que me ampara pela vida.
Perguntei às pedras da rua
Como vim aqui parar
Desconhecem a resposta
De na cadeira me sentar.





Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo