sábado, 21 de junho de 2014

Para quê...

No frio do silêncio pelo chão um rosário
Onde as sombras tremem por entre vaga-lume.
Peço às nuvens que me tragam perfume
Embevecido pelo tempo solitário.

Mas tudo é rebeldia, ou então imaginário!
Penso e repenso será que amanhece.
Aos meus pés repousam folhas sem flor,
Será que fui rainha virada ao contrário

Envolta em estranho manto assim me sinto.
Censuro apatia, o meu sonho por mortalha,
De rainha a pedinte por entre um labirinto.

De folhas mortas, entre elas a fornalha
Onde incendeio anoso anseio extinto.
Para quê a coroa, sempre perco na batalha!





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