quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Espera

Espera…

Espero por entre amieiras
Ao som dos Melros cantando
Espero por ti, vidas inteiras
Vidas, em tantas maneiras
De te escrever soltando
Este grito abafado
É este o meu fado
Ao te escrever noites inteiras

Espero por ti de manhã
Quando o pastor sai pr`a a lida
Quando se solta a romã
Num Outubro a despedida

As folhas caem ao chão
E num qualquer mês de Março
Explodem em comunhão
envolvendo num abraço

Os ramos nus açoitados
Pela força de vil aço
Em ventos e ventania
Açoitam num qualquer dia
Um Janeiro friorento
Meu amor espero ao relento
Como os troncos em silêncio
Sei que o teu sorriso
Me chegará conciso
Sem resistência ou mistério.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo