quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Noites de luar...

Procuro por entre o nevoeiro um ponto de partida
Uma seta indicativa de mim quem sabe, escondida
Pela solidão que se achega em noites de luar
Causadora incansável de mal-estar
Arreganha os dentes como cão raivoso
Perde pedaços igual a leproso
Sulca as paredes tingidas de sombras
Almas penadas que se agitam como cobras
Solidão, esfera tentando ser quadrada
Desliza docemente pela encosta da vida
Abraça a madrugada, olha, uma lágrima sentida
Aflorou, como uma flor desabrochou
Ninguém viu, nem sequer indagou
Porque me procuro nas noites de luar
Porque teimo um refugio encontrar

Se quem navega livremente, acaba por naufragar.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo