terça-feira, 29 de abril de 2014

Receio...


Saudade do vento por entre os meus cabelos
Nas pontas dos dedos trouxe um dia anelos
Saudade de tudo, até dos nadas
Restaram apenas flechas guardadas

No fundo da alma onde o sonho pernoita
Aninhado em receio, mas quando se afoita
A viver, vivendo correndo tentado vencer
O alheio vazio, receio ao prever

Que o vento de outrora se perca na berra
Tantas as certezas de como se erra
Ao lançar ao vento os nossos anseios
Que solta balofo, leva nos arreios

O que de melhor colheu sem olhar a quem
Pobre do vento de todos é ninguém…




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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo