quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Ao ler...

Louca varrida, fúria desenfreada
Força da natureza em nenhures,
Perdida no vento aleada, ou enleada
Em quimeras, senhora dos meus crimes.

Tudo isto, eu sou… e posso ser madrugada!
Geada branquinha no pasto, dando ares
A serraria, ou então moira encantada.
Posso ainda ser o montado e suas cores.

Serei tudo o que quiseres, a teu prazer.
Minha pena é matreira, traiçoeira,
Outras vezes é mulher e o sofrer.

Pode também ser amor a acontecer.
Pode ser raiva, despeito, até verdadeira!
Será tudo o que quiseres ao ler…


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