terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sopapo...

Por entre as sombras da tarde indago
O coração que adormece dolente
Uma esperança que chega, parece sopapo
Quem sabe uma voz na planície distante.

Uma alma aprazível que almeje o afago
De uma conversa serena, o amanhã diferente
Sem credo, nem cor, pode até ser náufrago
De um mar de dor, pode ser indigente.

Assim as sombras recolham ao nascer
De um dia que outrora preferiu escapar
Por entre os dedos, que precário amar

Assim na noite o destino ordene
Às estrelas distantes no seu belo brilhar
Que imponham à tarde um sentir perene.



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