terça-feira, 2 de setembro de 2014

Porém...

Se nem sequer sei quem sou
Estranha demanda em que vivo
Serei o pó que restou
De um dia intempestivo.

Como queres que pressinta quem és
Se passas sem deixar rasto.
Repara no mar as marés
Deixam na praia sargaço.

Inquiro as sombras do chão
Os teus passos onde vão,
Respondem as nuvens no céu.
- Perdidos em contramão…

Pergunta a sorte macabra
Por nós dois em dia sim,
Logo a noite informa.
- Perdidos até p`ra mim.

Como vês o azeite e a água,
São desalinho constante…
Porém a ponta do véu
Está no sol a levante.





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