Se um dia
escrever num poema: nada.
Estarão todos
os meus nadas confinados
aos confins
do impossível, e desvairada
jogarei palavras
como se fossem dados.
Matarei o raciocínio
na fria madrugada.
E a reflexão
só será pretexto adiado.
Não passarei
de alma deslumbrada,
saltitando em
redor do meu pecado.
Até do nada
faço anseio, triste fado!
E aos meus
olhos: todos os nadas são luz!
Ou acaba por
morrer aquilo que seduz.
Não seria
eu, na facilidade que conduz
ao adorno.
Mas se o nada é engraçado,
porque teimo
um registo arriscado…
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