Ignora-me.
Mas também
os gritos,
deste povo.
Barro chão!
Ignora a
lembrança
da minha
pele na tua.
Da minha voz
ao teu
ouvido.
O coração!
Ignora o
barro,
a terra
vermelha,
ou amarelecida
p`lo trigo.
A minha
feição
de moira
fronteiriça.
Com o deserto
o pão!
Ignora-me.
Mas ignora
também
a memória
que trago
cravada no
peito.
Gravada nas
mãos
a solidão!
Ignora as
lágrimas,
à luz da
candeia
dos teus avós.
São as
minhas de hoje!
Nas costas a
curvatura
que herdei
da terra.
Que vastidão!
Ignora-me.
Ainda assim,
a tua lembrança
sou eu.
E aquela
estória a recordar
te traz até
mim!
Tenho ou não
tenho…
Razão?
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