domingo, 13 de setembro de 2015

Num choro...

Já esqueceu a espuma da praia em pecado
o rosto de uma criança! Esqueço eu e então
caminho dobrada ao meio, pela ilusão.
Apontei, refilei… Actor em palco desolado!

Cumpri a preceito o impulso roubado,
a todos os sonhos por cumprir. Na contramão
de um grito de terror, sou pobre ladrão
na circunstância da onda… Pelo lado errado!

Vislumbro a dor humana, arrepio caminho.
Mas que mente insana! Resta da onda espuma
de uma cor deslavada, só a brancura da alma,

risca as rochas de sangue! Contra natura
são as circunstâncias. Lá… Onde adivinho
todos os silêncios num choro afogado.



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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo